Esta peça, criada em parceria com as intérpretes da Companhia Jovem de Dança de Ílhavo, propõe visões múltiplas de um evento de grandes dimensões, como poderá ser uma avalanche, pensada enquanto fenómeno rápido e tumultuoso do que pensámos ser a imagem possível da adolescência.
As danças avalanche são construções afetivas e sensoriais, simultaneamente caóticas e organizadas, de ideias tão díspares, mas eventualmente tão próximas, como o desejo de prever o futuro, as dúvidas e hesitações, a sensação de levitação como espaço de sonho e a inevitável eletricidade que se estabelece quando nos juntamos para dançar.
O palco, esse lugar passível de ser ocupado pela fantasia e pela curiosidade, passa a ser o epicentro da avalanche, imprevisível e avassaladora, da qual nunca sabemos quando poderá desabar, deixando o seu rasto misterioso dentro de nós.