Para onde vai o som quando se afasta de nós? Existe um lugar com todos os sons do mundo? Todo o silêncio forma um som? Quanta paisagem existe no silêncio? 

A caminhada é um lugar de descoberta do mundo sem sairmos da nossa imaginação. Ficamos dentro dos nossos neurónios a fabricar aventuras, dentro do gesto radical que é a brincadeira, lugar por excelência da transgressão e da utopia.

É também sobre crescer de muitas formas e rodeado de invenções. É sobre ter que inventar brincadeiras para ocupar o tempo. É sobre falas e danças imaginárias. É como mergulhar num livro de aventuras e passar a ser a personagem desse livro, ou entrar dentro da tela de cinema e passar a ser matéria feita de outra realidade.

São danças de brincar para brincar ao crescer. Tudo se mistura quando começamos a brincar, suspendendo o tempo num lugar mágico. E a dançar, podemos misturar todos estes mundos? O que é uma dança puzzle? E uma dança telecomandada? Ou uma dança telepática? Ou uma dança pedra papel ou tesoura? E o que é isto, de sair para explorar o mundo, sem sair do lugar? Que olhos levamos connosco? Ainda aqui estamos?

Como uma caminhada, fomos percorrendo os jogos, sons e imagens da infância, para baralhar o nosso corpo adulto e torná-lo lúdico perante o que é o interior do nosso pensamento, conspirando dentro de nós, para exercermos a nossa utopia predilecta de sonharmos acordados.

Criação
Bruno Alexandre

Cocriação e interpretação
Francisco Rolo e Ana Jezabel

Música e Sonoplastia
Miguel Lucas Mendes

Desenho de Luz
Cárin Geada

Cenografia
Henrique Ralheta

Produção e Difusão
Patrícia Soares e Filipe Metelo | Produção d’Fusão

Apoio à criação
Musibéria, Estúdios Victor Córdon / OPART, Circolando, CAB – Centro Coreográfico de Lisboa

Agradecimentos
Biblioteca Municipal de Marvila

Uma produção
Escarpa Fictícia 

Em Coprodução
LU.CA

M/6

Estreia
JAN 2020,  Teatro Luis de Camões
Espetáculo dirigido ao público infanto-juvenil